segunda-feira, 18 de julho de 2016

Pezinhos na areia...

As idas à praia mudaram. Iamos,  deitavamo-nos na toalha, adormeciamos se fosse preciso.  Iamos ao banho e voltávamos para a toalha para bronzear.  Ao fim da tarde caminhavamos à beira-mar. Iamos ao bar beber algo fresco e voltávamos. 
Agora,  chegamos à praia e vamos diretos para a areia molhada. A areia que dá para fazer castelos,  que são derrubados no instante seguinte. Enchemos o baldinho de água dezenas de vezes para regar a areia que já está mais que molhada. 
Corremos para o mar e voltamos, a passos pequeninos mas apressados a fugir das pequenas ondas.  
Jogamos à bola e à apanhada. 
Construimos piscinas com muralhas de areia. 
Tentamos registar todos os momentos. 
Quando os lábios começam a ficar roxos voltamos à toalha ...cheios de areia... nas mãos,  na boca, no corpo todo.  Um misto de protetor solar,  com areia,  água e migalhas das bolachas do lanche. Tentamos trocar para uma roupinha seca,  que dura pouco. 
Decidimos estender-nos um pouco,  enquanto os olhos se mantem alerta e brincam com a areia seca...um moinho, roda com a passagem da areia. 
Quando baixamos um pouco a cabeça, despertamos com um pestinha em cima das nossas costas! 
Ir a praia já não é o que era,  MAS é tão mais maravilhoso!  E cada dia mais maravilhoso!




quarta-feira, 13 de julho de 2016

Obrigada Portugal!

Não ligo a futebol,  não sei muitas regras,  só sei comemorar quando é golo.  Para mim é o suficiente. Percebo quando há esforço,  coragem e acima de tudo,  humildade.  A táctica e a competência passam-me um pouco ao lado. 
Porque em tudo na vida,  para mim não há competência que ganhe à humildade,  ao desejo de evoluir e partilhar,  ao esforço para ser melhor. E quem tem estes valores alcançará concerteza a competência. 
Naquele 10 de Julho acordei com a certeza que iamos vencer. Interessava-me a união da família no sofá, a união da equipa,  a união do povo Português pelo mundo,  a festa que animaria as ruas portuguesas logo à noite! A festa que animaria os que deixaram o coração em Portugal à procura de uma vida melhor. Porque os Portugueses precisam.  A Boa energia contagia-se! 
Na hora do jogo brinquei com o meu sobrinho e ouvi o jogo de longe,  para que todos podessem ver o jogo com concentração.Vi, ainda sentada,  aquela borboleta ...  o medo que estava a sentir desapareceu.
Brinquei e ouvi os comentários ao longe...  a família empolgada e nervosa.  Na hora H ouvi "golooooo" ao longe.  Gritei e saltei feliz.  Aguardei para que Portugal elevasse a taça e fui fazer a festa. 
Não sei se o golo foi bem marcado ou tropeço,  se jogámos melhor ou pior.  Sei que na vida,  como nos jogos de futebol,  uns dias vem a desilusão e outros a glória.  E este foi o nosso momento. Em tantas modalidades desportivas!
Os jogadores deram o seu contributo,  a cara,  o suor e o talento. Mas deram acima de tudo a humildade e a união. E essas,  com vitórias ou derrotas,  ganham sempre! 
Posso não perceber de futebol, ou de desporto algum, mas sei que amo este bocadinho de terra à beira-mar plantado. Um pedaço tão pequenino mas tão ao meu modo... que me faz querer voltar cada vez que vou de férias e que me faz não querer partir mesmo que a vida se torne mais difícil.  
Obrigada Portugal! Obrigada a quem tem feito deste país uma festa! 

domingo, 3 de julho de 2016

Em Julho vamos bem a tempo - Santos que fazem milagres!

As férias passaram e voltou o ritmo alucinante do trabalho! Não consigo falar-vos tanto quanto gostaria ... e alguns momentos decido guardá-los só para mim!! Por vezes sabe bem não sabe? Guardo todas as horas livres para aproveitar as pessoas que amo e o pouco do Verão a que assisto. 
Junho foi o mês dos Santos Populares e ...  .... já era! Foi veloz e ... não me deu tempo para festejar! Assisti de longe!
Não podia deixar que as festas de arcos e balões e aroma a manjericos ficasse por Lisboa ou pelo Porto e não batesse à porta de minha casa! 
Em Julho vamos bem a tempo! Afinal a Festa é quando quisermos, e dos casamenteiros, aos milagreiros, todos os Santos são bem vindos! Enchemos a casa de cor, assámos sardinhas e abrimos portas aos que amamos. O pequeno olhava para o tecto e dizia feliz "É Festa". Saímos, dançámos, fizemos rodas em família para comemorar os Santos todos! A cada música do bailarico batíamos palmas e o pequeno gritava "Outra!".
Porque afinal, os Santos fazem milagres! E a nossa vida ... a nossa vida é um grande milagre!